sexta-feira, 30 de maio de 2014

Desempregado à força

Para começar logo em grande este blog decidi por algo mais sério e actual, espero que gostem. Isto sinceramente é uma coisa que me revolta um pouco pois não consigo ver um futuro risonho para mim!  
Até hoje a humanidade ainda não conheceu nenhum sistema social, político e económico que possa ser apelidado de justo... Desde os tempos mais remotos que a posse dos meios de produção e da força para os defender, foi o factor decisivo na "evolução" das sociedades.
A propriedade privada e a exploração dos não proprietários constitui ainda a única forma de enriquecimento, versus empobrecimento de alguém...Este processo inicialmente suportado pela escravatura, adoptou formas mais ou menos

esclavagistas, chegando aos nossos dias no formato que conhecemos, cuja matriz inicial se mantém...
As sociedades no seu processo "evolutivo", face ao aumento da população e dos assalariados, bem como à escassez de recursos considerados livres, associando esta nova realidade ao fenómeno do alvorecer das ditas sociedades democráticas, geraram novos valores éticos e morais á cerca das Pessoas e dos seus Direitos Fundamentais. Assim sendo, os códigos laborais e as constituições dos estados ditos democráticos, criaram um conjunto vasto de normas de protecção dos detentores da força de trabalho, seja manual ou intelectual. Todavia, o objectivo de maximizar o lucro dos empresários, escudados por grandes organizações empresariais, algumas multinacionais, adoptando critérios económicos novos, tais como competitividade, mercado e outros tidos como ratios divinos, integrados numa conjuntura em que a existência de dois exércitos de desempregados, sendo um o exército activo e o outro de reserva, tornaram os trabalhadores mais frágeis, violando quase todos os direitos conquistados com os regimes ditos democráticos... Adoptando políticas neo-liberais o estado deixou de intervir na relação entre as entidades patronais e os trabalhadores, tornando-se cúmplice desta nova era a que poderemos denominar NOVA ESCRAVATURA, na qual os trabalhadores regateiam por um salário mais baixo, de forma a garantir o posto de trabalho e, consequentemente a sua sobrevivência. Posto tais factos, os desempregados continuam a aumentar e o estado permite tal situação pois um desempregado que quer trabalhar depara-se com situações burocráticas na hora de ser feita uma contratação. Os Centros de Emprego que outrora queriam ajudar a empregabilidade nesta nova era apenas querem úmeros inscritos para estatísticas. E o desempregado simplesmente se mantém no desemprego aumentando assim o grau de pobreza do país. Haja paciência!  

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